Ao tirar essas fotos conversei com meu corpo. 

Minha relação com ele é de uma eterna busca de entender o que ele precisa. O que eu preciso. 

Isso é um grande avanço, considerando que já houve um tempo que eu não me importava muito com o que precisava.  

Minha relação com esse corpo, que me possibilita ter uma vida, era pautada no que as pessoas diziam: 

achava que ele deveria ser transformado, 

diminuir os braços, talvez

mudar a barriga,

fazer dieta, 

procurar inibidores de apetite. 

Mas, enquanto eu estava nessa jornada triste de nunca me enxergar bem o suficiente, ouvi meu corpo sussurrando de forma gentil: você pode, simplesmente, me abraçar assim?