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Patih Borges - Gorda descolonizada

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Meu corpo preto e gordo é livre!

Livre e não público.

Não aceito, não permito que toque, nem mesmo com seus olhos padronizados, colonizados, cheios de julgamentos.

Já doeu, mas eu me curei com outras mulheres pretas, gordas, descolonizadas... Livres!

O processo de embranquecimento, eu vou vencer. 

 

Retirei pouco a pouco cada vestígio do que não me pertence.

"Negra sim!" Respeitando meu tempo, desabrochando, retornando, respeitando, respeitando, respeitando. 

Sim! Com o tempo eu aprendi a respeitar meus processos, minhas dobras, curvas e cor. 

 

Gorda, preta, livre... Descolonizada, nutrindo meu corpo, seios fartos e ventre livre. Sim, ventre livre pra eu criar o que eu bem entender e não aquele outro ventre livre. Descolonizada! 

E com meu ori como minhas ancestrais.

Eu me permito ser livre, eu me permito amar e ser amada, respeitando meus processos de cura enegrecida, descolonizada.

Eu exercito meu corpo gordo que me leva pra onde eu quiser e eu sigo livre, preta e gorda.

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